Quantas vezes já ouviu alguém lamentar-se porque contratou um novo colaborador que era tido como excelente, mas que não correspondeu às expectativas? E quantas vezes ouviu candidatos desmotivados e desvinculados com determinada empresa que achavam ser fantástica? E nos últimos anos, quantas pessoas contratou para a sua empresa que não corresponderam às expectativas?
Todos os dias há necessidades de contratação e todos os dias há pessoas em busca de novas oportunidades, o mercado está em constante mudança, mas será que um colaborador que era exímio na empresa ao lado da sua também o será para si? Estas são questões pertinentes dadas as vezes em que a falta de definição da política, cultura e clima das empresas não são evidentes, o que também interfere negativamente com a definição do perfil que pretendem contratar. Aliás, em muitos casos esta definição não acontece, simplesmente assume-se que se precisa de uma nova pessoa para determinadas funções.
Na Alento não são raras as vezes em que uma empresa nos contacta para pedir informações sobre o serviço de Recrutamento e Seleção, chegando até nós com a descrição detalhada das funções a desempenhar, mas sem qualquer tipo de informação sobre as competências que valoriza na pessoa e que são importantes para a equipa que já existe.
É de extrema importância a adequação do perfil do trabalhador à cultura (identidade e valores da empresa) e clima (quotidiano da empresa, perceção que os colaboradores têm da mesma) organizacional, fazer o chamado “fit”. Isto significa que, antes mesmo de partir para o Recrutamento e Seleção de um novo colaborador, deve conhecer a empresa, o posicionamento da mesma e quais as competências tidas como importantes para integrar as equipas que a compõem. Havendo este conhecimento prévio torna-se fácil listar competências técnicas, sociais e comportamentais que o novo membro da equipa deve ter.
É preciso avaliar as motivações e as competências profissionais dos candidatos, de maneira a perceber se os mesmos vão ao encontro do que é valorizado na empresa. Sabendo que o desafio é atrair os melhores talentos, não é seguro para uma entidade patronal basear a sua avaliação num programa informático que o candidato refere no currículo ou numa língua de programação que diz dominar. Quando falamos em “fit” significa que a visão do mundo, os valores, as atitudes e os comportamentos do candidato devem estar em harmonia com o que a empresa cultiva. Tratar a cultura empresarial como algo secundário tem impacto no desempenho das equipas e nos lucros das empresas e, quando o novo colaborador não corresponde às expectativas a empresa tem o custo acrescido da sua substituição, ou seja, mais tempo e mais dinheiro para dedicar a um novo processo de recrutar, selecionar e contratar.
Além da valorização direta da política, da cultura e do clima da empresa deve atribuir-se importância à liderança e à equipa para a qual queremos um novo membro, pois estes são os interlocutores diretos e cada pessoa tem um papel dentro da dinâmica existente. Para isto acontecer deve conhecer as suas equipas, as suas motivações e as suas expectativas, depois trata-se de encontrar a pessoa que faça o match perfeito com os seus trabalhadores.
Como é sabido a Teorias das Relações Humanas (1930), trouxe a temática da preocupação com o trabalhador, nomeadamente através da sua adaptação ao trabalho, falando-se, na altura, de temas como estudo de personalidade, motivação, liderança e relações interpessoais. Isto mostra-nos que a humanização dos processos de recrutamento e seleção não é um tema novo, contudo continuamos a assistir a empresas que levam a cabo contratações tendo por base única e exclusivamente a componente técnica, o que, por si só, não é suficiente para garantir o sucesso.
Voltando ao título do nosso artigo, “Um bom candidato será um bom colaborador para a sua empresa?”, é importante que os decisores das empresas, sejam eles administradores ou responsáveis por departamentos de recursos humanos percebam que bons perfis nas outras empresas nem sempre são a peça que falta na equipa. Por muitas vezes deparamo-nos, em contexto de entrevista, com excelentes candidatos que, na empresa para a qual estamos a trabalhar não serão trabalhadores felizes e motivados. Cabe ao especialista de recrutamento e seleção fazer essa análise, perceber quem são as pessoas chave para o sucesso do seu negócio.
Lembre-se que o comportamento no trabalho é uma consequência de muitos fatores motivacionais, como tal deve “pessoalizar” a sua empresa e a sua equipa. Não contrate a pessoa simplesmente porque um conhecido lhe disse que era muito boa, conheça-a!
Assegure que o seu processo de seleção é isento e feito com base no perfil técnico, social e comportamental. Não deixe que os seus anúncios de emprego sejam feitos apenas de “exigências” técnicas.
Independentemente da sua área de negócio ou do setor em que se insere, as pessoas continuam a ser o recurso mais importante das organizações, como tal merecem a sua atenção enquanto decisor e potencial empregador.
Se está com dúvidas e não sabe por onde começar o seu próximo processo de recrutamento e seleção fale com os especialistas da Alento, conheça a nossa metodologia e certifique-se que contrata a pessoa certa para o lugar certo.
Especialista em Recrutamento e Seleção
O meu dia-a-dia é pautado por um desafio constante: colocar a pessoa certa no local certo. Considero tão importante a satisfação do cliente como a do candidato.