Quem nunca passou por momentos de stress no trabalho? O stress é normal de acontecer, até certo nível é positivo, pode ajudar na concretização de objetivos e no desempenho do trabalho, aumentando a criatividade na resolução de problemas. Torna-se um problema quando é recorrente e atinge altos níveis.
As organizações estão cada vez mais atentas à saúde dos seus trabalhadores. Ambientes organizacionais não saudáveis têm consequências no trabalhador e na própria organização, como o aumento de pedidos de baixa por doença, aumento das taxas de absentismo, aumento da rotatividade, baixa produtividade e baixa qualidade no trabalho que desempenham. Uma coisa é certa, trabalhadores saudáveis são mais felizes e produzem mais.
É muito comum falarmos “estou stressado/a” ou “o meu colega estava stressado”, mas, o que é o stress? O stress é definido como um conjunto de reações físicas, químicas e mentais em resposta a algum fator que esteja a desencadear o desequilíbrio do organismo. É a soma de perturbações orgânicas e psíquicas provocadas por agentes agressores, como fadiga e situações conflituosas, por exemplo, que gera stress, que, por sua vez, pode provocar ansiedade e angústia e depressão.
Existem duas principais fontes de causalidade de stress no trabalho: ambientais e pessoais.
As causas ambientais envolvem fatores externos e contextuais, que podem induzir ao stress no trabalho. A falta de tranquilidade no trabalho, a insegurança no cargo/emprego, alta carga de trabalho, ritmo intenso de trabalho, o número e a natureza dos clientes fazem parte das causas ambientais. Chiavenato listou alguns fatores de stress ambiental:
No cargo, o stress pode surgir quando há uma grande sobrecarga de trabalho, insegurança, rigidez, monotonia e programação.
Na função, a falta de apoio dos colegas e chefias, autoritarismo das chefias, conflitos, responsabilidades e a ambiguidade.
Na estrutura de trabalho, quando há má comunicação interna, pouca participação do colaborador e rigidez estrutural.
Na cultura organizacional, quando a empresa tenta restringir a iniciativa nos seus colaboradores, o raciocínio, o pensamento a normas rígidas, quando não há igualdade, pouca possibilidade de progresso ou quando não há participação dos colaboradores.
Fatores externos, como a economia, problemas na comunidade ou na vida particular.
Dificuldade nos relacionamentos, com as chefias, colegas e clientes.
As causas pessoais envolvem uma variedade de características individuais que irão predispor ao stress. Existem pessoas que lidam melhor com o stress do que outras, isto tem a ver com a sua individualidade. A falta de paciência, baixo autoestima, saúde precária, sedentarismo e privação de sono são fatores que levam as pessoas a reagirem negativamente ao stress, seja ele proveniente do trabalho ou pessoal.
Os fatores de stress individuais, segundo o mesmo autor, estão associados às suas próprias necessidades, aspirações, estabilidade emocional, às suas experiências, flexibilidade, autoestima e os padrões de comportamentos.
A lista das consequências do stress no trabalho é longa, a nível fisiológico pode causar cansaço, tensão alta e insónia; a nível comportamental, pode levar o trabalhador a cometer erros ou ter acidentes; quanto ao nível cognitivo, podem ocorrer episódios de esquecimento, erros nos processos de decisão e dificuldade de concentração; a nível subjetivo as causas passam por fadiga, ansiedade, sentimento de culpa e preocupação; e, por fim, a nível organizacional as causas já fomos falando ao longo do artigo, como o absentismo, presentismo, alta rotatividade, baixa produtividade e qualidade no trabalho ou serviço efetuado.
O nível de stress vai variar de pessoa para pessoa, o que para uma pessoa pode ser stressante pode não ser para outra. A tolerância ao stress depende de muitos fatores, como por exemplo, relacionamentos de qualidade com os colegas, a sua própria visão sobre si e sobre a vida e a sua inteligência emocional.
Quando o trabalhador está continuamente exposto a fatores de stress e atravessa uma fase em que já não encontra estratégias para o combater, resulta numa pessoa constantemente stressada, o stress já faz parte da sua rotina, o corpo já começou a sinalizar que algo está errado há algum tempo e não passa, o stress começou a afetar não só a sua esfera profissional, mas também a pessoal, podemos estar a falar do stress no nível crônico, de esgotamento, a conhecida síndrome de Burnout.
As organizações têm a responsabilidade de cuidar do estado geral de saúde do trabalhador, incluindo o seu bem-estar psicológico. Por isso, gestores, cuidem do bem mais precioso da vossa organização, os trabalhadores!
Organizações saudáveis e felizes rendem mais! Quer saber como tornar a sua organização mais produtiva, diminuindo as taxas de absentismo e rotatividade? Descubra o nosso serviço de Felicidade Organizacional.