Estes últimos dias e semanas foram vividas com grande expectativa e ansiedade. A espera pelas notas dos exames nacionais da 1ª e 2ª fase exasperam aqueles que depositaram na entrada do ensino superior todas as suas “fichas”, na esperança de que isso represente um melhor futuro profissional e um caminho mais definido, de acordo com os seus objetivos.
Depois de saídos os resultados começam a fazer-se contas às médias de secundário, médias de acesso ao ensino superior e a perceber se estas estão próximas ou não das médias anteriores do curso pretendido.
São vários os cenários possíveis:
Os exames correram bem e permitem-te a entrada “confortável” no curso escolhido;
Os exames até te correram bem, mas ainda assim não te permitem a entrada no curso que escolheste;
Os exames não correram como esperavas e não conseguiste aprovação a uma ou mais das provas de ingresso;
Se o teu caso se centra numa das duas últimas possibilidades é altura de analisar e pensar em quais são os próximos passos possíveis. Aqui seguem algumas das possibilidades:
O Ano Zero funciona como uma fase preparatória, com a duração de 1 ano letivo, de estudos pré-universitários. Esta pode ser uma boa opção para quem quer rentabilizar o seu tempo, aproveitando para conhecer melhor o curso escolhido e o contexto de Ensino Superior, realizando já algumas unidades curriculares (Disciplinas Isoladas) do curso que poderão ser uma mais-valia mais tarde. Para além disso, é uma oportunidade de teres paralelamente apoio no estudo às disciplinas que te permitirão terminar o ensino secundário e/ou que servirão de prova de ingresso no próximo ano de candidatura ao Ensino Superior. Esta pode ser, também, uma ótima maneira de aumentares a tua motivação e definires de forma mais clara os teus objetivos. Para te ajudarem nesse trabalho ao longo desse ano e para que não tenhas de o fazer “sozinho”, poderás recorrer, também, a um processo de Orientação Vocacional que te ajuda a descobrir o que poderás gostar de fazer e que te prepare para a Gestão da tua Carreira profissional.
Estudantes que concluíram o 12º ano com aprovação aos exames das provas de ingresso, mas não conseguiram entrar no curso que queriam;
Estudantes que concluíram o 12º ano com classificação positiva, mas não obtiveram uma média que lhes permitisse entrar no curso pretendido;
Estudantes que não concluíram uma ou duas disciplinas, em que o Ano Zero poderá dar apoio para a realização do exame no ano seguinte.
Importa referir que o estatuto do aluno não é equivalente a um estudante do Ensino Superior, por seres considerado aluno externo, pelo que não te dará acesso direto e automático ao resto do curso após esse ano letivo, nem poderás ter o apoio através de Bolsas de Estudo ou outros apoios públicos. No ano seguinte terás de fazer o procedimento habitual de candidatura ao Ensino Superior. É cada instituição que define o valor a pagar pela inscrição e pela frequência do Ano Zero e das suas unidades curriculares. Está, também, previamente definido quais as unidades curriculares do curso que poderão ser feitas em cada instituição. Para saber mais informações o ideal é consultar as instituições de ensino às quais os jovens se pretendem candidatar.
Aqui seguem alguns exemplos:
Universidade da Beira Interior
Instituto Superior de Contabilidade e Administração – Instituto Politécnico do Porto
Poderemos pensar que parar um ano de estudar para ir viajar, fazer diferentes atividades, conhecer novas pessoas e realidades não corresponde ao que estava planeado e que, por isso, não tem como ser uma boa ideia. Mas e se dissermos que esta pode tornar-se numa das experiências mais ricas e reveladoras para ti do que queres fazer e ser no futuro? Hoje em dia muito mais do que teres um diploma na mão o quanto antes, importa o que fizeste com o teu tempo, as tuas características e potencialidades e – porque não? – que caminho trilhaste para alcançar os teus sonhos. Nada se faz sozinho, mas pode ser um “grande passo” no sentido do autoconhecimento e do alargamento de horizontes, que só quem sai da sua zona de conforto pode experimentar. Sem fazeres, nunca vais saber, certo? Se tens essa possibilidade de desenvolvimento pessoal, mas de valorização académica e profissional, avalia-a, agarra-a e planeia-a detalhadamente.
Neste site vais encontrar toda a informação necessária para iniciar esta aventura.
Se nenhuma destas opções te parece a melhor para ti, tens também a possibilidade de tentar entrar num curso do Ensino Superior e, mediante os objetivos que definires ao longo desse ano, fazeres mudança de par instituição/curso ou transferência.
Esta é uma possibilidade para os jovens que se inscreveram ou matricularam num curso de Ensino Superior e, não sendo a instituição ou curso que realmente querem e não o tendo concluído, pretendam matricular-se e/ou inscrever-se em um par Instituição/Curso diferente daquele (s) em que estivera inscrito anteriormente. Tens, para isso, que ter realizado os exames nacionais pedidos como prova de ingresso para o curso para o qual pretendes mudar.
Esta Mudança de Par Instituição/Curso e os procedimentos necessários à mesma devem ser analisados por ti em cada instituição e o pedido deve ser apresentado nos serviços da escola/faculdade em que o estudante se pretende inscrever com os documentos necessários. Este pedido pode ser feito em qualquer momento do ano letivo, mas é avaliado consoante a reunião dos critérios de seriação, pré-requisitos e as vagas disponíveis. Os prazos e as vagas disponíveis são variáveis e definidos por cada estabelecimento de ensino superior, pelo que é importante estares atento, para que não passe a tua oportunidade.
Neste link tens os dados referentes à mudança de Par Instituição/ Curso da Universidade do Porto.
É possível que nesta fase ainda não tenhas tido nenhuma experiência profissional, mas que nesta fase ponderes esta possibilidade, conciliando-a com os estudos de preparação para o próximo ano. Para todas as opções há vantagens e desvantagens, mas se bem planeado podes claramente beneficiar (e muito) desta experiência. Terás a oportunidade de trabalhar, começar a conhecer como se procura trabalho, quais os desafios e contratempos que poderás encontrar, ter as primeiras entrevistas em que já percebes o que deves ou não fazer e a assumir responsabilidades - de gestão de tempo, dinheiro e de decisão - , quaisquer que sejam as tarefas que venhas a realizar. Claro que, também, será confortável começares a ganhar dinheiro para as coisas que tanto queres comprar, mas não te esqueças do teu foco e dos teus objetivos. Esta experiência deve servir para te preparares para um dia mais tarde teres ainda mais competências sociais e comportamentais relevantes para qualquer área que escolheres, mas sem descurares os estudos e a preparação para os exames de candidatura ao Ensino Superior ou a conclusão do ensino secundário.
Por último, o mais importante a fazer no próximo ano é manteres-te ativo a todos os níveis, organizares bem o teu tempo e procurares todas as informações e ajudas possíveis. Não deixes de contactar as instituições, pedir apoio a profissionais especializados e ajuda a professores para o estudo das disciplinas em que tens mais dificuldades: tudo o que é necessário a uma tomada de decisão consciente e equilibrada.
Se ainda não sabes bem que caminho seguir, podes falar com um dos nossos especialistas em orientação vocacional que vão explorar contigo todas as possibilidades e oportunidades académicas e profissionais disponíveis para ti, de acordo com as tuas características e objetivos.