Faça com que o recrutador o queira a trabalhar com ele, saiba mostrar o que tem de melhor, mostre que será um investimento e não um gasto!
Artigo de Opinião, Bianca Lima Santos
Já ouviu falar em proposta de valor? Sabe o que significa? A proposta de valor é um conjunto de competências pessoais, académicas e profissionais, que fazem de si uma pessoa única!
Atualmente as empresas não procuram profissionais que tenham apenas competências técnicas (hard skills), é importante que a pessoa tenha desenvolvido soft skills, estas são úteis e valorizadas para determinadas funções.
Ao fazer a junção de competências (hard e soft) podemos, então, pensar na proposta de valor. O que fazer para o recrutador o escolher a si e não a outro candidato? Como se destacar dos demais num processo de recrutamento e seleção? O mercado é concorrido, e a si cabe-lhe mostar que poderá agregar valor, caso seja o escolhido.
Para desenvolver a sua proposta de valor é necessário conhecer-se bem, ter em atenção as suas metas, sendo claro, defina o seu alvo e aonde quer chegar, mostre ao recrutador o que lhe pode oferecer caso seja contratado, mas atenção! Seja realista, não defina metas e objetivos que são inatingíveis, como por exemplo, trabalhar num part time de rececionista e ganhar 3 mil euros já com descontos.
Sabe aquela pergunta da praxe que o entrevistador faz sobre os seus pontos fortes? Essa questão é muito importante, conheça-se bem, saiba valorizá-los, esteja concentrado no que domina, faça a conexão de como os seus pontos fortes podem ser úteis para a vaga à qual se está a candidatar, dê exemplos concretos e a cada exemplo evidencie uma competência relevante para a vaga em questão. Mostre como pode concretizar os objetivos da empresa utilizando o que tem de melhor.
A proposta de valor tem que estar apontada para o alvo que escolheu, seja ativo, tenha iniciativa, a sua função é convencer que naquele momento é a melhor pessoa que o recrutador pode ter. Para isso é preciso autoconhecimento, saber explicar o que você faz, conhecer bem a sua própria trajetória, e ir além, saber o que pretende conquistar e conhecer o cargo para o qual se está a candidatar. Deste modo, apresenta-se como o “tal”, como se o entrevistador fosse fazer o match perfeito entre o seu perfil e o cargo.
Sabe aquelas histórias que costumamos contar aos nossos amigos de momentos que fomos quase “super heróis”, pronto, é quase isso, mas sem ser o super herói e sem exagerar (como é costume fazer em conversas de cafés). Aqui vai pensar numa história de sucesso, isto é, uma história profissional sua que tenha sido um sucesso, é o momento de provar os seus pontos fortes, reúna factos mensuráveis sobre as suas realizações, pode ser um portfólio, faça com que o recrutador o queira. Caso seja recém licenciado e esteja à procura do seu primeiro emprego é normal que não possua uma história profissional de sucesso, pode adaptar para “uma história académica de sucesso”.
De forma bastante resumida, a proposta de valor é o que pode acrescentar à empresa a que se candidatou. É preciso que consiga identificar o contexto profissional no qual quer estar inserido (ou já se encontra inserido), saber valorizar as suas competências (hard e soft), e saber fazer a ponte entre o que tem de melhor e o que o empregador procura, o empregador quer resolver um problema ou suprir uma necessidade, descubra qual é, e seja a solução.
Atualmente não é apenas a empresa que manifesta o que pretende, o candidato também o manifesta através da sua proposta de valor, fazendo a sua análise de potencialidades e apresentando-as de maneira a que seja interessante para ser contratado e que as expectativas de ambas as partes sejam claras, para que o nível de satisfação seja eficaz e mútuo.