Presentismo: De corpo presente
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Presentismo: De corpo presente

A arte de estar com o corpo no trabalho e a cabeça bem longe dele

Conhece alguém que mesmo depois de terminar o horário de trabalho continua sentado na cadeira? Como ainda ninguém se levantou, “parece mal ir embora primeiro que todos”, para disfarçar, dá uma vista de olhos no e-mail ou nas redes sociais, torcendo para que alguém ganhe coragem e saia. Basta alguém levantar-se para ir embora, 20 minutinhos depois do horário, todos os outros colegas vão logo de seguida. Soou familiar?

Da mesma maneira, conhece alguém que tem bastante trabalho a ser feito e que, para dar resposta, fica no local de trabalho até bem depois do que foi contratualizado? Vai trabalhar mesmo quando adoece, até parece que o corpo não tem esse direito! Com dor de cabeça, engripado, às vezes até com febre, mas está sempre presente. Para esta pessoa o descanso não é assim tão importante, pois está sempre atenta aos e-mails e ao telemóvel, mesmo nos fins de semana. E agora, também conhece alguém que se assemelhe com este exemplo?

Não sei se já conseguiu perceber do que estamos a falar, se pensou em presentismo, acertou. 

O que é o Presentismo?

O presentismo é a prática que consiste em estar presente no local de trabalho, por vezes, mais horas do que o necessário ou do que o que está contratualizado, mas sem produtividade correspondente. É importante perceber que presentismo e absentismo são termos bem diferentes, enquanto que o absentismo acontece quando o colaborador chega mais tarde, sai mais cedo ou não vai trabalhar, o presentismo é o contrário, como já vimos, o colaborador está presente na empresa, às vezes até mais tempo, mas não significa que a produtividade seja boa.

As crises económicas foram um grande “aliado” para a propagação do presentismo, pois os trabalhadores evitavam faltar, iam mesmo que estivessem doentes, chegavam antes da hora prevista, saíam depois do contratualizado por medo de perder o emprego. Hoje, apesar de haver maior preocupação com o life designing por parte dos trabalhadores (e algumas empresas), principalmente das gerações mais novas, ainda se encontra enraizado culturalmente a ideia do “quanto mais fico na empresa, melhor sou visto”. 

Qual o impacto do presentismo nas empresas?

O impacto negativo que o presentismo possui é grande, como por exemplo, a falta de motivação, a frustração perante a entidade empregadora e/ou função e o mau relacionamento interpessoal entre os colegas de trabalho. É sabido que quando os níveis de desmotivação e frustração estão baixos, o trabalhador não consegue perceber os objetivos da sua função e sente-se desiludido, tendo como uma das consequências a baixa produtividade. A nível de saúde podem aumentar os níveis de stress, ansiedade e, em casos mais graves, pode se tornar uma das causas da depressão. Ainda sobre saúde, pode colocar em risco a saúde dos colegas, quando vai trabalhar mesmo estando doente, podendo acontecer o efeito contágio.

O que o empregador pode fazer para combater o presentismo?

Não é uma tarefa fácil, vai exigir um nível de maturidade por parte da gestão, mas não é impossível, tem é que ser uma prática recorrente no dia-a-dia das empresas. Primeiro, punição nunca é o melhor caminho, um bom líder tem que pensar em estratégias de crescimento e desenvolvimento. 

Que tal começar por medidas que diminuam a insegurança do colaborador face ao seu posto de trabalho, como por exemplo, implementar o feedback positivo, que é uma forma do trabalhador se sentir reconhecido pelo seu trabalho, não só a nível individual, mas também perante os seus colegas, além de ter mais motivação. Ressalto ainda que, a insegurança face ao posto de trabalho é um fator de risco psicossocial, representando um risco para a saúde mental do trabalhador.

Reforçar positivamente a criatividade do colaborador, pedimos para que os próprios colaboradores pensem em soluções criativas para certos desajustes da organização, ou até mesmo da otimização de produtos e serviços. O que se pretende é a mudança de atitude dos colaboradores, não pelo medo, mas sim por sugestões criativas de melhoria. Como por exemplo, sugerir horários flexíveis.

Já que falamos em horário flexível, esta é uma boa ferramenta para combater o presentismo, uma vez que o próprio colaborador pode gerir o seu horário, sem a pressão de ter de ficar mais 20 minutinhos no fim do expediente, contribuindo também para a organização da sua vida pessoal.

A organização deve incentivar o colaborador a fazer uma gestão equilibrada entre o trabalho e a vida pessoal. Numa recente pesquisa feita pela Microsoft, no Japão, onde os trabalhadores têm um dia a mais de fim de semana, descobriram que ao diminuir horas na semana de trabalho, a produtividade teve um aumento expressivo (40%). O que corrobora a ideia de que o menos é mais, neste caso, mais produtividade.

Investir em práticas que aumentem a felicidade organizacional. Quando o colaborador está motivado e feliz no local de trabalho acaba por se envolver positivamente com a organização, falta menos e produz mais.

De forma resumida, quando a organização se preocupa e investe no colaborador todos ganham. O próprio, com mais motivação, melhor bem-estar e maior envolvimento, e a organização que recebe o impacto positivo desse investimento com maior produtividade, mas não só, também há impacto positivo no produto que é feito e na eficácia e eficiência no serviço que é prestado.  

A Alento acredita que a felicidade não pode ser considerada um trabalho, a felicidade tem que fazer parte do trabalho, do dia a dia. Conheça o nosso serviço de felicidade organizacional e saiba como pode tornar a sua organização mais feliz e produtiva.

 

 

Andreia Ribeiro Contenças

 

Bianca Lima Santos

Consultora ALENTO

 

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