Porquê investir na formação dos seus colaboradores?
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Porquê investir na formação dos seus colaboradores?

Entenda porque a formação é tão importante nas organizações de sucesso!

Sabemos que todas as empresas em Portugal têm que destinar 35 horas anuais de formação profissional para os seus colaboradores. A questão que surge é, porque é importante formar pessoas?

A resposta é: tudo que o que sabemos é aprendido, com a formação pode melhorar! O que pode ser mais complicado é identificar as necessidades e escolher a formação apropriada.

 

Artigo de opinião, Bianca Lima Santos

 

Qual a importância da formação nas empresas?

No quotidiano das organizações a formação torna-se imprescindível. Antigamente, os profissionais de Recursos Humanos consideravam a formação como um meio para adequar a pessoa ao cargo e, dessa forma, desenvolver a força de trabalho da organização. Atualmente este conceito foi ampliado, a formação também é vista como um meio de promoção de bom desempenho do cargo, formar o colaborador para que ele possa executar as tarefas mais específicas que o cargo exige. Podemos ir mais além, a formação pode desenvolver competências que tornem o capital humano mais produtivo, criativo e inovador contribuindo para os objetivos da organização.

Custo ou Investimento?

Pode e deve-se ver a formação como uma fonte de lucratividade, sempre na perspetiva de investimento e não de gasto. Ao investir em pessoas, o capital intelectual da empresa aumenta e acaba por contribuir efetivamente para os resultados da organização. Assim, a formação agrega valor não só aos colaboradores, mas também à organização e aos clientes.

Formação ou Desenvolvimento?

Às vezes as pessoas podem fazer confusão com Formação e Desenvolvimento, achando que são a mesma coisa, mas apesar destes dois procedimentos aparecerem quase sempre juntos, eles não são a mesma coisa. A formação é conduzida no presente, mantendo o foco no cargo atual que se ocupa, para que o colaborador ganhe competências de imediato, que irão ajudá-lo a desempenhar mais satisfatoriamente a sua função atual. Já o desenvolvimento está sempre direcionado para o futuro, para desenvolver competências que o colaborador irá precisar num futuro cargo e nas suas futuras funções.

Para que fique claro, vou exemplificar, usando um caso fictício da imobiliária “Casa dos Sonhos” e o gerente Manuel.  

Exemplo Prático

Manuel, o gerente da agência imobiliária “Casa dos Sonhos”, percebeu que alguns dos seus comerciais vendiam menos que outros. Ao fazer uma avaliação de desempenho, o Manuel verificou que os comerciais que vendiam abaixo da média tinham pouco conhecimento sobre estratégias de negociação, o que os fazia perder algumas vendas. Para solucionar o problema, o gerente contratou uma empresa de consultoria para uma formação de negociação, com o intuito de aumentar as capacidades de negociação de alguns membros da sua equipa.

A agência imobiliária está em pleno crescimento, o mercado está favorável e, para acompanhar o crescimento, Manuel, o gerente, precisa de escolher um comercial para ser o líder de uma nova equipa. A partir da avaliação de desempenho que foi feita, Manuel identificou que o Pedro, um comercial que se destaca na função, tem o perfil para ser líder, contudo, precisa de desenvolver algumas competências para o novo cargo. O gerente contratou um consultor para auxiliar o Pedro, através da consultoria individual de desenvolvimento pessoal e profissional, o Manuel pretendia que o seu colaborador desenvolvesse capacidades de liderança e motivação de equipas, o que seria muito útil no seu novo desafio.  

Que tipos de Programas de Formação posso oferecer?

A formação, geralmente, é utilizada para transmitir informações ao colaborador sobre: a organização, sobre políticas e diretrizes, regras e procedimentos, missão e visão da organização, sobre os clientes, correntes e sobre produtos e serviços. Além disso, os programas de formação podem estar voltados para desenvolver as competências das pessoas e capacitá-las para desempenhar da melhor maneira possível o seu trabalho. Outros programas pretendem desenvolver novos hábitos e atitudes para os seus colaboradores na relação com os clientes, com os colegas, com a organização e com o seu próprio trabalho. A formação pode, ainda, ser de programas que têm o objetivo de desenvolver conceitos e aumentar o nível de abstração dos colaboradores, para que eles possam pensar, agir, julgar, decidir e raciocinar de maneira mais ampla, já que (quase) todo o gestor quer que os membros da sua equipa consigam ver o todo, ir além.

Qual o Papel da Formação na Gestão de Pessoas?

Como já foi dito anteriormente, a formação faz parte do planeamento das organizações de sucesso. Este é um processo muito importante, sendo considerado um dos mais importantes na Gestão de Pessoas, constituindo um núcleo de esforço contínuo que melhora as competências pessoais dos colaboradores e, consequentemente, melhora o desempenho da organização.

Claro que existem competências que são transversais a todas as empresas, mas para perceber o que cada empresa precisa é necessário um mapeamento prévio das competências, descrevendo quais são necessárias para os cargos/funções, a nível individual e organizacional que seja de fácil entendimento para todos. É só a partir deste mapeamento  que passamos para a fase de diagnóstico, que pode ser feito a partir de uma avaliação de desempenho (para identificar onde e o que é preciso abordar), e assim chegamos finalmente ao desenvolvimento dos programas de formação para as equipas.

 

A organização tem que criar uma cultura que seja favorável à aprendizagem dos seus colaboradores, que os instiguem a querer saber mais, a desenvolver-se e também que os colaboradores estejam comprometidos com a mudança. Assim, o processo de formação tem que ser cíclico e contínuo.

O mundo está em constante mudança e inovação, quase todos os dias somos surpreendidos com as novas tecnologias, coisas que pareciam impossíveis e hoje já não são graças à Era da informação. O que quero dizer é que não basta repor, atualizar e reciclar a informação, é necessário agregar valor e o ganho e a informação têm que ser contínuos e atualizados.

Bem, agora que já tem motivos (muito bons) para investir na formação dos talentos, coloque-a em prática! Num próximo artigo falaremos sobre o processo de formação em si e sobre as suas etapas, mas, para já, saiba que a aprendizagem nunca é em vão. Valorize as pessoas que trabalham consigo, melhore o desempenho dos seus talentos, faça com que a sua equipa esteja direcionada para o sucesso!

 

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