Alguma vez já parou para pensar: o que o faz feliz? Se já pensou e, por acaso, fez uma lista imaginária, o seu trabalho estava incluído?
Passamos grande parte da nossa vida no trabalho, no mínimo 1/3. Então, qual o motivo para o trabalho não ser considerado, também, uma fonte de prazer e de felicidade?
Definir felicidade é muito difícil, até porque o que pode ser fonte de felicidade para uns, pode não ser para outros, mas uma coisa é certa: a felicidade é uma das principais motivações da vida humana. O grande filósofo grego Aristóteles dizia que felicidade significa uma vida orientada por propósitos e significados. Para Maslow (aquele da pirâmide das necessidades), a felicidade significa autorealização, ou seja, é quando o indivíduo tem a possibilidade de ser aquilo que deseja, sendo feliz. Podemos dizer que a felicidade é um estado psicológico positivo, duradouro, que nos dá significado, que nos motiva e nos deixa mais otimistas e preparados para os desafios futuros.
Há uns dias estava a refletir sobre as questões levantadas no início do artigo e deparei-me com um vídeo no Youtube do professor Clóvis de Barros Filho, onde falava sobre Felicidade no Trabalho. O professor levantou muitas questões, como bom filósofo que é, falou sobre o trabalho da tristeza, sabe o que é? ou já ouviu falar? Eu ainda não tinha ouvido essa expressão, mas só pelo nome já me fez pensar numa lista de aspetos desagradáveis… sem mais delongas, o professor explicou que o trabalho da tristeza é aquele que espera 30 dias para receber o ordenado, é estar sempre à espera que acabe. Imagine só, trabalhar 40 anos constantemente a pensar no fim, no fim do dia, no fim do mês, no fim do ano e no fim da vida laboral. Isto, com certeza, não é felicidade!
O ser humano está em constante procura pela felicidade. A sociedade passou por grandes transformações, as novas gerações, nascidas entre 1980 e os anos 2000, já não querem trabalhar para viver, querem uma vida equilibrada entre a esfera pessoal e a profissional, o que chamamos de worklife balance, querem também sentir-se motivados e felizes. Ou seja, se antigamente os empregadores não se importavam com o bem-estar e a felicidade dos colaboradores, com o pensamento datado “se não quiser tem quem queira”, os novos gestores estão cada vez mais preocupados com a saúde, o bem-estar e a felicidade dos seus recursos humanos, pois sabem que colaboradores felizes representam benefícios valiosos para a organização, como:
Aumento da produtividade
Retenção de talento
Menores índices de absentismo
Menores índices de presentismo
Maior engagement
Employer branding
Atração de talentos
As preocupações com fatores que promovam o bem-estar, maiores índices de felicidade e que consigam diminuir os riscos psicossociais estão, cada vez mais, presentes nas organizações, pois já não basta um salário, um pacote de condições ou benefícios atrativos, é preciso ter um bom clima e cultura organizacional, uma equipa que trabalha para um objetivo em comum, ter satisfação com o produto/serviço que estão a trabalhar, que lhes dê sentido/propósito, que tenha um bom ambiente de trabalho, entre outros.
As empresas de tecnologia são um bom exemplo de um setor que investe em políticas de promoção do bem-estar dos seus colaboradores, que resultam em maiores índices de felicidade e satisfação. Se trabalha numa empresa de tecnologia ou tem um colega que trabalhe, já deve ter ouvido falar das mesas de jogos, do horário flexível, do ambiente descontraído, do incentivo às pausas, dos happy hours e muitos outros aspetos. Estas empresas estão preocupadas com os seus colaboradores, pois sabem que ao investir na felicidade organizacional, irão ter como retorno todos aqueles benefícios que já citamos acima, mas, principalmente, trabalham a retenção de talento, a atração e a produtividade.
Os gestores devem estar atentos às atividades e aos aspectos promotores da felicidade no ambiente laboral, não basta uma mesa de ping pong no meio da sala de convívio ou ter o compromisso de todas as semanas a equipa ir ver jogos de futebol, se ninguém gosta de ping pong e sim de um bom e velho matrecos, ou não assiste jogos de futebol porque preferem basquetebol! O gestor só irá saber disso se conhecer bem a sua equipa, se souber o que é felicidade para cada um deles.
No serviço de Felicidade Organizacional da Alento pode encontrar consultores que realizam a avaliação de riscos psicossociais, ouvindo atentamente a gestão e cada colaborador que compõe a organização, porque, para nós, é importante o olhar individualizado. O plano de ação é desenhado à medida das necessidades da organização.
Equipas felizes, organizações saudáveis e produtivas!