Fracasso: o medo dos tempos modernos
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Fracasso: o medo dos tempos modernos

“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo.” Winston Churchill

Tiago Lopes Lino
Failure 1.0 – Falhómetro, estratégias emocionais para lidar com o fracasso profissional

Vivemos numa sociedade cada vez mais competitiva e mais individualista. A talha para o sucesso é um processo que começa a ser incutido no ser humano desde muito cedo, desde a primeira infância.

“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo.”

Winston Churchill

Numa perspectiva comportamental sabemos que, segundo Thorndike, o método mais básico de aprendizagem que, essencialmente, todos os organismos usam para aprender novos comportamentos é por tentativa e erro, i. e. são realizadas várias tentativas, para resolução de problemas, até chegar a uma solução. De uma forma geral, esta teoria implica que cada vez que erramos vivenciamos um estado de frustração/fracasso e na persistência acabamos por atingir o sucesso.

Para outro autor, como Skinner, os comportamentos são obtidos punindo o comportamento não desejado e reforçando ou incentivando o comportamento desejado com um estímulo, repetindo até que ele se torne automático. i.e. o sucesso torna-se o resultado do reforço positivo de comportamentos desejáveis. Nesta teoria alguém assume o papel do “professor” onde o propósito é criar ou modificar comportamentos para que o outro faça aquilo que o “professor” deseja. Assim, a sociedade, o chefe, o líder ou o colega assume o papel de “professor”, apontando os nossos fracassos criando-nos a necessidade de modificarmos comportamentos que conduzam ao sucesso.

Não deixa de ser curioso que um dos propósito de vida do ser humano é a obtenção do sucesso, do êxito, da performance bem-sucedida, do primeiro lugar no pódio em que áreas for, desde o sucesso profissional até ao sucesso pessoal. Se sabemos que para atingir o sucesso temos que falhar algumas vezes, então porque será tão difícil lidar com esses fracassos? No Failure 1.0 – Falhómetro, estratégias emocionais para lidar com o fracasso profissional, iremos ver como podemos lidar melhor com o fracasso. No entanto, o medo e o receio de falhar vão-se cristalizando.

O medo sendo uma emoção básica que acompanha a Humanidade desde sempre, é caracterizado por  uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa mal ou não fazer. Nos tempos modernos existem medos abstractos que seguem de mãos dadas com o ser Humano. Se considerarmos um pódio de medos, no primeiro lugar está o medo da morte, no segundo o medo do desconhecido, do amanhã e no terceiro lugar o medo/receio de falhar. 

Sim, o medo ou receio de falhar tem lugar neste pódio e com ele os sentimentos de frustração, decepção, fracasso e, em casos extremos, o distress ou a exaustão emocional, vulgo burnout. Perante este cenário parece que temos que lidar cada vez mais e melhor com as adversidades e o sofrimento.

A resiliência, sendo caracterizada como a capacidade de superar ou de recuperar da adversidade, parece ser a chave para lidar com o fracasso. A auto-motivação parece ser outra característica que poderá ajudar a lidar com o fracasso ou receio de falhar. Pegando na abordagem da tentativa e erro, a auto-motivação ajuda a insistir, persistir e não desistir.

Para algumas pessoas vivenciar o fracasso é definido como” bater no fundo do poço”, “entrar numa espiral de adversidades” ou “que um camião passou por cima”. É vivenciar todo um estado de impotência que é difícil contrariar. Então há que perceber os sinais e medir a intensidade do fracasso, falhómetro, e que consequências estão a ter no desempenho profissional e/ou pessoal.

Há que lidar com o fracasso, step by step, vencendo a decepção, superando o fracasso e recuperando o foco.

Num primeiro passo devemos assumir as nossas emoções, por mais desconfortáveis que sejam e não reprimir qualquer sentimento, bem como aceitar o que aconteceu, pois “aceitar dói menos”. Num segundo passo devemos analisar a situação e valorizar os aspectos positivos da mesma, o que aprendemos com o acontecimento que fracassou, deixando de lado as tendências pessimistas e/ou derrotistas e evitar a todo o custo a ruminação sobre o que falhou. Num terceiro passo procurar causas e efeitos do fracasso, redefinir objectivos concretos e realistas, apelar ao optimismo, também ele realista, mudar de abordagem e tentar de novo.

“Cada fracasso ensina ao homem algo que ele precisava aprender.”

Charles Dickens

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Artigo da autoria de Tiago Lopes Lino

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