O que gosta mais de fazer?
Gosto de viajar, adoro viajar. Quando não tenho nada para fazer gosto de comer chocolate e ouvir música. Adoro jogar ténis, já jogo algum tempo. Adoro estar com os meus amigos e com a minha família.
De que é que tem medo?
Tenho medo de perder as pessoas que gosto e não conseguir alcançar os meus sonhos e os meus objetivos. Neste momento um objetivo é acabar a licenciatura em Direito, as coisas têm corrido bem. Estou em Coimbra e aqui as pessoas são bem integradas e o espírito académico é fantástico. Eu até tinha receio da mudança do secundário para a faculdade mas está a ser muito bom.
Estou a viver com duas colegas de direito, uma delas já conhecia pois é de Lousada e também já participou no SAGAZ como aprendiz, a Luciana. Damo-nos bem e tudo tem ajudado a que a mudança corra pelo melhor.
O que a emociona?
Emociona-me a solidariedade. Considero-me uma pessoa solidária, adoro ver as pessoas a ajudar as outras. Quando consigo ajudar alguém sinto-me bem, realizada.
Por exemplo, para o ano vou desenvolver mais o espírito solidário quando deixar de ser caloira e conseguir ajudar os alunos que vão entrar.
O que a deixa feliz?
Fico muito feliz quando consigo alcançar um objetivo a que me proponho. Quando estou com os meus amigos e com a minha família.
Também quando estou mais stressada pratico desporto, o que me deixa mais relaxada e mais feliz.
Sou um pouco exigente comigo própria, mas sei sempre que tudo depende dos objetivos. Por exemplo, há sonhos ou objetivos que eu não consigo controlar como ver o meu ídolo. Fui a Madrid de propósito para vê-lo e ele não apareceu. Depois há outros, como acabar a licenciatura, que eu sei que depende de mim e que tenho de estudar imenso para conseguir concluir.
Como se caracteriza enquanto jovem?
Sou uma jovem ativa. Participo em vários projetos.
No ano passado e novamente este ano estou a participar no Orçamento Participativo Jovem da Câmara Municipal de Lousada, participei nas Conversas com Chocolate e Pimenta organizado pela Dra Cristina, vou-me inscrever numa Associação de Estudantes de Direito que se chama ELSA, e na semana passada fui a Lisboa participar no Moot Court em representação da FDUC. Acredito que a participação no SAGAZ me deu Soft Skills para estar mais à vontade perante o júri lá em Lisboa.
O que a levou a participar no SAGAZ?
Na altura não sabia muito bem o que era. Inscrevi-me um bocado à descoberta, para perceber o que era, por curiosidade. Depois quando houve uma palestra em que explicaram o projeto senti-me mais interessada e achei que ia ser mesmo benéfico para a minha vida. Isto porque eu estava indecisa entre Genética e Biotecnologia e o curso de Direito.
O sagaz já tem vindo a ser implementado na escola de Lousada há quatro anos, participou na 4ª edição. Entre os alunos do secundário já falam na participação como algo que tencionam fazem quando chegarem ao 12º ano?
Por acaso nós enquanto alunos mais novos da escola não temos muito a noção de que existe o projeto. Só mesmo quando o diretor de turma nos pergunta se queremos participar é que ficamos a conhecer o SAGAZ. Até lá não ouvimos falar sobre esta oportunidade.
Acha que o SAGAZ deve continuar?
Deve continuar em Lousada e não só. Devia ser estendido a nível nacional, porque há muita pressão da sociedade para os jovens entrarem na faculdade e o SAGAZ é uma forma de atenuar essa pressão junto dos jovens.
Que balanço faz da sua participação até à data?
O balanço é muito positivo. Tive sorte em encontrar uma boa mestre. A Raquel é espetacular e apesar de sermos de áreas diferentes, ela é enóloga e eu estou em direito, vejo nela uma amiga e sempre que preciso sei que posso falar com ela. A nível pessoal também o apoio da Raquel tem sido a cem porcento.
O mestre surge na nossa vida numa altura muito importante e a opinião que nos dá é fundamental porque é uma pessoa de fora, com quem nunca tivemos contacto. Eu já sei a opinião da minha mãe, já consigo prever o que ela me vai dizer, mas quando a Raquel me diz o mesmo eu paro para pensar e ver que afinal há mesmo verdade ali, ou seja, conseguimos ter a visão de alguém que não nos era chegado até ao evento.
Claro que nas primeiras vezes eu tinha algum receio de incomodar, mas depois de enviar as primeiras mensagens eu percebi que a mestre era muito acessível e que iria tudo correr bem.
Como vê o SAGAZ no futuro?
Penso que no futuro o SAGAZ deve ser alargado a nível nacional, porque tem pernas para andar, é um projeto inovador. É um projeto mesmo importante para os jovens.
O simples facto de termos um momento de apresentação quando decidimos participar no SAGAZ, perante pessoas que não conhecemos. Tive de falar sobre mim perante duas pessoas desconhecidas e tive de ultrapassar a vergonha que estava a sentir.
Olhando para trás, aquele momento ajudou-me quando na semana passada em Lisboa tive de falar para mais duas pessoas desconhecidas, tive menos vergonha. Pensei, se já fiz isto uma vez, consigo novamente.
O evento do SAGAZ é importante para nós jovens, porque queremos mesmo ser selecionados. Preocupei-me em falar de mim com confiança para que os profissionais gostassem de me ter como aprendiz. Mostrar a minha melhor parte enquanto jovem.
Como vê o facto de a Escola Secundária de Lousada continuar a participar no SAGAZ e a dar esta possibilidade aos seus alunos?
É muito bom e nunca deveria terminar. Todos os jovens que vão para o 12º ano sentem a pressão para entrar na faculdade, as médias. O SAGAZ ajuda porque sabemos que temos ali um apoio que pode ou não ser da nossa área, mas que nos vai ajudar ao longo do curso e mesmo no final, quando queremos entrar no mercado de trabalho.
Por exemplo, a Raquel ajudou-me muito na parte da integração. Mas sei que se precisasse para outras coisas ela me ajudava de boa vontade.
Conhece participantes de outros anos? Falam sobre o projeto?
Sim conheço a minha colega de casa e no início falávamos muito sobre o SAGAZ e sobre a mestre dela.
Se eu não participasse no SAGAZ tinha o apoio da família e dos amigos, mas nunca de um profissional disposto a ajudar. Por exemplo, eu acredito que o SAGAZ me vai ajudar quando acabar o curso. Sei que há muita gente que não participa num projeto como este e consegue fazer as coisas, mas desta forma ao participar temos uma ajuda incrível.
Gostava mesmo de um dia ser mestre. Quando falo com a minha mestre penso que um dia tenho de ajudar alguém como ela me ajudou a mim.
Quer deixar uma mensagem final a quem nos der a honra de ler esta conversa?
A todos os jovens que têm oportunidade de participar no SAGAZ, façam-no! Podem ter vergonha ou estar nervosos, mas vale tudo a pena. Projetos como o SAGAZ são benéficos para a nossa vida, tanto profissional como pessoal.
Sem dúvida que a minha participação tem valido muito a pena.