Já se perguntou alguma (ou muitas) vez(es) como está a ser o “nosso normal” agora que, gradualmente, fomos autorizados a voltar ao trabalho? Se a resposta foi sim, bem-vindo ao grupo! Se ainda não pensou, esta é uma boa altura para começar a refletir.
Os últimos meses foram exigentes psicologica e emocionalmente para uma grande parte da população mundial e o impacto nas organizações não foi diferente, afinal, são os recursos humanos a força das organizações. Com a pandemia os sinais de alerta relativos às mudanças nos comportamentos foram ligados, obrigando-nos a reinventarmo-nos e a repensar os modelos de trabalho e de atuação dentro das organizações.
O que consta neste artigo está baseado em factos que aconteceram (e estamos a vivenciar), na plataforma Trendwatching, onde apontam as tendências emergentes dos consumidores, oferecendo indícios do que as pessoas valorizarão e das suas prioridades num mundo pós-coronavírus e, na minha opinião, afinal, tudo o que estamos a viver é tão novo que ainda não temos estudos científicos para poder comparar esta situação com outra parecida.
A seguir listo algumas das tendências que se poderão concretizar pós-COVID-19:
Esta é uma das mudanças mais evidentes. Empresas que achavam que não daria certo, que seria improdutivo trabalhar à distância tiveram de se reinventar para continuarem ativas. Aprendemos a utilizar plataformas digitais para comunicarmos e desenvolvermos competências tecnológicas, como, por exemplo, utilização de aplicações ou programas para facilitar a gestão de pessoas e de tarefas. O teletrabalho é possível (em grande parte dos casos), assim como manter a produtividade, reduzindo os custos fixos para as organizações e sem desperdiçar horas em deslocações, basta ter os recursos certos que se adaptem às necessidades da empresa.
Muitos de vós já perceberam o aumento na quantidade de transmissões ao vivo e webinars que surgiram nas últimas semanas, com a finalidade de informar, entreter ou de vender serviços e/ou produtos. O comércio eletrónico está a fundir-se com as transmissões ao vivo, é uma nova realidade de vendas/compras online, interativas e em tempo real. Uma oportunidade de vender um produto, um serviço e, até mesmo, o conhecimento, isto aconteceu no mercado chinês (aumentou no pico da pandemia) e vejo que está a acontecer em Portugal também, o crescimento do mercado live streaming que irá de certa forma mudar o comércio eletrónico.
Uma enorme quantidade de oferta de cursos e serviços online surgiram com a pandemia. É sem dúvida uma ótima oportunidade para investir o tempo no autoconhecimento e no desenvolvimento pessoal. As pessoas passam atualmente mais horas online, e muitas utilizam esse tempo para investirem no seu próprio desenvolvimento pessoal, em sessões online com especialistas. Como por exemplo, desenvolver competências a partir de sessões de consultoria organizacional ou coaching psicológico, ou até mesmo aproveitar a oportunidade para pensar na sua gestão pessoal de carreira.
Percebemos com a pandemia que a tecnologia pode (e deve) ser uma aliada. Muitas organizações recorrem a ferramentas tecnológicas que facilitam o trabalho e a execução de tarefas, como as reuniões por vídeo conferência, por exemplo. Quanto mais as equipas estiverem adaptadas a essas ferramentas, mais produtivo será o trabalho. Atenção, é necessário garantir que as ferramentas oferecem a segurança da informação da organização e dos clientes. O desenvolvimento das soft e hard skllis dos RH também é (e continuará a ser) essencial, e para isto acontecer a tecnologia será, também, nossa aliada na modalidade online, como formações e-learning, sessões de gestão pessoal de carreira online, bem como palestras ou webinars que serão cada vez mais frequentes.
Antes da pandemia, já se falava muito sobre a saúde psicológica do trabalhador, inclusive a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) tem explorado bastante a temática, chamando a atenção sobre os fatores de riscos psicossociais no trabalho. Com a pandemia os fatores de risco agravam-se, o medo de ser demitido ou da empresa fechar, a angústia e ansiedade de não saber o que irá acontecer nos próximos meses, o isolamento social, a mudança na rotina de vida diária tem grande impacto na nossa saúde mental. Francisco Miranda Rodrigues, bastonário da OPP, disse numa entrevista ao Expresso, que “é certo que a covid-19 está a provocar um impacto emocional em todos os portugueses e que a venda de antidepressivos e ansiolíticos disparou em março”. O número de pessoas que precisarão de recorrer aos serviços de saúde mental pós-pandemia aumentará consideravelmente, tornando o psicólogo indispensável dentro das organizações.
Todas as organizações tiveram de se adaptar nas últimas semanas a um novo cenário que ninguém estava à espera, no entanto, estes tempos de crise podem ser ameaçadores, por não sabermos ao certo o que pode acontecer, mas também libertadores para termos força de mudar alguns comportamentos que faziam parte da cultura da organização e adquirir mais hábitos producentes.
Na ALENTO pode encontrar serviços online que podem ser úteis para o desenvolvimento dos recursos humanos da sua empresa, seja na consultoria organizacional individual, nos programas de gestão pessoal de carreira ou no coaching psicológico online, estaremos sempre prontos para o atender e colaborarmos lado a lado, seja durante a pandemia ou quando tudo isto passar. Com Alento, vai ficar tudo bem!