Há umas décadas, poder oferecer ao colaborador um bom salário era mais que suficiente para fazer com que ele quisesse ficar na empresa e ainda atraía novos talentos com a possibilidade de poder “ganhar bem”.
Como já devem ter percebido, não é apenas o salário que recebemos no final do mês que importa, é claro que as contas não se pagam sozinhas, que ser bem remunerado pelo que fazemos é um fator motivacional, mas é um dos fatores e não o único fator!
O Salário emocional é aquele que não tem valor monetário, é, então, um conjunto de fatores emocionais e motivacionais que fazem com que o colaborador queira ficar na empresa. A associação espanhola da qualidade define como “um conceito associado à retribuição de um empregado na qual se incluem questões de carácter não económico, cujo fim é satisfazer as necessidades pessoais, familiares e profissionais do trabalhador, melhorando a qualidade de vida do mesmo e fomentando a conciliação laboral”.
Quando a gestão investe num bom salário emocional temos como resultado maiores índices de felicidade organizacional e trabalhadores felizes produzem mais, faltam menos ao trabalho, querem permanecer na empresa (diminuindo a rotatividade) e acabam por falar bem por onde quer que passem, aumentando assim a atratividade de bons talentos.
Já que estamos a falar da felicidade, vale a pena ressaltar que muitas organizações, para aumentar o salário emocional, investem na medição do FIB, que é a Felicidade Interna Bruta. Este modelo foi criado no Butão, na década de 1970 e conta com o apoio da ONU. O FIB mede a felicidade, bem-estar e a realização pessoal dos habitantes, para avaliar o desenvolvimento do país. Trazendo este conceito para as empresas, é investir no bem-estar geral dos recursos humanos presentes na organização, para que tenha impacto nos resultados que a empresa pretende alcançar. Ou seja, a empresa não abdicará da lucratividade, pelo contrário, o que se pretende é ter trabalhadores satisfeitos, reconhecidos e valorizados pela empresa, mais motivados, produtivos e com soluções criativas.
Listo abaixo algumas atividades ou ações para promover na sua organização e que vão fazer com que seus colaboradores não ganhem apenas o salário monetário no final de cada mês, mas o salário emocional, aquele que é responsável pelas emoções e que o dinheiro não pode pagar:
Ter boas lideranças, líderes que inspiram, aprenda a dizer coisas que os bons líderes dizem todos os dias.
Oferecer a possibilidade de progressão de carreira, possibilidade de crescer dentro da organização.
Ter um bom clima organizacional, um bom ambiente que proporcione ao colaborador a sensação de pertença e que fomente o lado criativo.
Fomentar a flexibilidade na rotina da organização, que deixe espaço para o colaborador gerir o seu tempo e fazer a sua worklife balance.
Ter objetivos exequíveis e transparentes, o colaborador tem que saber exatamente o objetivo da tarefa que lhe foi dada, mas também tem que ser algo exequível, não adianta ter como objetivo ir à lua se não tem como comprar foguetes!
Facilitar a comunicação entre os gestores e colaboradores, que a comunicação seja fluída, muitos problemas nas organizações começam pela falta ou mesmo a má comunicação.
Promover atividades de Team building.
Investir em programas de formação contínua adequados não só à equipa, mas que também tenham em atenção o desenvolvimento pessoal de cada colaborador.
Promover momentos de brainstorming, pensar em equipa sobre soluções criativas.
Reconhecer o esforço e o trabalho bem feito do colaborador, dar feedback positivo.
Realizar atividades em datas comemorativas, como por exemplo, ir almoçar com a equipa para comemorar o dia da mulher ou ligar/mandar sms no dia do aniversário do colaborador.
O trabalho em si pode oferecer riscos psicossociais ao trabalhador, como o stress, a fadiga, dores de cabeça, diminuição da produção, que tem impacto negativo direto para a organização.
O investimento no Salário Emocional tem resultados extraordinários, pois, como já foi dito anteriormente, a organização oferece ao colaborador um ambiente profissional equilibrado, saudável e feliz e como retorno tem menores índices de rotatividade, maiores índices de produtividade, maior envolvimento dos colaboradores e uma boa imagem para o mercado, o que acaba por atrair os melhores colaboradores para a sua equipa. Podemos dizer que investir no Salário Emocional é investir na qualidade do seu produto final.
Já conhece o nosso serviço de Felicidade Organizacional? Se ainda não conhece convido-o a visitar os nossos projetos, temos consultores motivados para atuar na sua empresa, deixando-a mais saudável, feliz e produtiva!