Como Trabalhar com Inteligência Emocional
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Como Trabalhar com Inteligência Emocional

Inteligência Emocional no Trabalho

inteligência emocional

A inteligência emocional está em alta, é um assunto muito falado entre colaboradores e ainda bem que assim é! Durante muitas décadas a saúde do trabalhador esteve em segundo plano, mas a geração atual está mais exigente e o ambiente de trabalho é tão importante quanto o salário no fim do mês.

Reconhecer os próprios sentimentos, os sentimentos dos outros. Saber o que nos motiva. Gerir bem as próprias emoções. Relacionar-se bem com as outras pessoas. Tudo isto é inteligência emocional, falando assim parece até ser simples, mas como psicóloga posso dizer que tudo o que envolve pessoas são processos complexos. A parte boa disto tudo é que estas competências podem ser treinadas e desenvolvidas, afinal, temos que manter o nosso mindset de crescimento, fazendo com que a dificuldade se transforme em oportunidade.

O que é a Inteligência Emocional?

A inteligência emocional é a interação das emoções com os sentimentos estando estreitamente associada à capacidade de resolver problemas, e sabemos que resolver problemas não é fácil, por isso mesmo são problemas!

Nas empresas as hard skills são importantes, mas não só, isto significa que as competências técnicas, aquelas que aprendemos na faculdade, são e sempre serão importantes, mas uma pessoa que só tem competências técnicas e não desenvolveu as competências sociais ainda tem muito a aprender. No livro de Goleman, “Trabalhar com Inteligência Emocional”, há um parágrafo em que ele diz que as pessoas que têm um elevado nível académico, mas que possuem baixos níveis de inteligência emocional, costumam trabalhar para pessoas que têm o QI mais baixo, mas que têm uma excelente capacidade de inteligência emocional.

Quais as competências que precisamos de desenvolver para poder trabalhar com inteligência emocional? Goleman sugere que são essenciais 5 competências.

Autoconsciência

A mais importante é a autoconsciência, pois a partir desta é que podemos desenvolver as outras competências. A autoconsciência é a capacidade de conhecer e saber dos próprios sentimentos, dos próprios limites, usando-os de forma inteligente para tomadas de decisão. Além disso, é ser realista em relação às próprias capacidades e ter sentido de autoconfiança.

Autorregulação

A autorregulação, sendo esta a capacidade de administrar os sentimentos e emoções, desenvolvendo competências pessoais para atingir as metas e/ou tarefas estabelecidas. Esta competência faz-nos reinterpretar as situações, dando significados positivos, impedindo de dar respostas momentâneas, que possam comprometer a execução da meta futura.

Exemplo Prático

Por exemplo, o chefe João dá uma tarefa à Ana, que tem que ser cumprida em 30 dias. Nos primeiros 15 dias a Ana esforça-se, dá tudo de si, passa horas do dia a fazer a tarefa, leva trabalho para casa e mesmo assim acha que não vai ter tempo. Com o passar dos dias, começa a sentir-se cansada, sem energia, desmotivada, por mais que ela tente o seu corpo e a sua cabeça não respondem da mesma maneira que respondia. Se a Ana tivesse a competência de autoconsciência desenvolvida, identificaria que algo nela não estava bem e conseguiria associar o cansaço ao ritmo intenso de trabalho. Vamos supor que a Ana tem as competências de autoconsciência e autorregulação já desenvolvidas e, claro, não podemos esquecer da meta para ser cumprida. Com a autoconsciência, a Ana identifica que o ritmo de trabalho está intenso e que não é produtiva a trabalhar tantas horas por dia numa mesma tarefa e com a autorregulação ela cria mecanismos que facilitam a execução da tarefa. Eis o plano da Ana: dedicar-se a esta tarefa 3 horas de manhã (autorregulação), pois sabe que o seu ritmo no início do dia é mais intenso (autoconsciência). Assim, a Ana consegue executar a tarefa no prazo previamente estabelecido.

Motivação

Segue-se a motivação, onde temos que utilizar as nossas preferências para atingir os nossos objetivos. Se nos mantivermos motivados somos mais eficientes e perseverantes, de modo a não deixar que as contrariedades o tirem do “eixo”. Voltando ao exemplo da Ana, depois de se conseguir autorregular, sentiu-se motivada a acabar a tarefa, já que soube lidar com a frustração inicial e foi persistente na maneira que encontrou para cumprir o seu objetivo que era terminar a tarefa.

Empatia

A empatia também é uma competência necessária no ambiente de trabalho. Imagine que a Ana, personagem do exemplo, estava stressada por ter uma carga de trabalho intensa e um dos seus colegas, que não tem a competência da empatia, entende que a Ana é sempre stressada. A empatia não é a competência mais fácil de desenvolver, pois exige que se adote a perspetiva da outra pessoa, aceitando a diversidade e cultivando laços afetivos. É com a empatia que eu percebo que para mim é fácil lidar a pressão do chefe, mas para o meu colega não é.

Aptidões Sociais

E, por fim, mas não menos importante, as aptidões sociais, que implicam saber gerir bem as emoções nos relacionamentos sociais que cultiva, bem como ler com precisão as situações sociais. Esta competência permite ser bom a persuadir pessoas, liderar, negociar, resolver problemas e trabalhar em equipa. Como pode perceber, esta é uma competência que não pode faltar num líder de equipa. Se o João, o chefe da Ana, tivesse esta competência desenvolvida teria percebido que ela estava sobrecarregada de trabalho e teria conversado, quem sabe até negociado um novo prazo de entrega.

Espero que tenha ficado claro o que é a inteligência emocional e como é preciso desenvolvermos as nossas competências para trabalharmos com inteligência emocional. Devemos utilizar as nossas competências cognitivas, emocionais e sociais para ter sucesso pessoal e profissional.

Artigo de opinião, Bianca Lima Santos

 

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