CONVERSAS SAGAZES COM LUCIANA MARTINS
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CONVERSAS SAGAZES COM LUCIANA MARTINS

A Dra. Cláudia é uma pessoa espetacular. Sempre que tenho uma dúvida, por exemplo a nível jurídico e não consigo resolver se lhe ligar ela diz-me logo que vai pesquisar e passada meia hora tenho a minha resposta.

SAGAZ

O que mais gosta de fazer?

Gosto de cantar, dou concertos todos os fins-de-semana. Jogo futebol, gosto de ouvir música. Ir ao cinema, ler. Gosto de estudar.

Dou tudo de mim para conseguir realizar todos os meus objetivos e desde pequena que estipulo metas na minha vida e tento sempre cumpri-las.

Consigo fazer tudo porque divido o meu tempo. A partir do momento que se inicia a época de exames o resto tem que acabar. Quando os exames acabam preocupo-me com outras coisas, por exemplo, agora estou a trabalhar com uma ONG, inscrevi-me e tenho viajado, vou fazer agora a terceira viagem. Em maio estive na Suécia a realizar um campeonato internacional de futebol de rua. Em julho estive na Alemanha a jogar e fomos campeões europeus. Agora vou para França. Temos sempre que fazer coisas diferentes, está provado cientificamente que as pessoas de maior sucesso são as que têm mais ocupações, que dividem o seu tempo sobre tudo a que se propõem.

De que é que tem medo?

Não tenho medos. Talvez o único seja não conseguir realizar todos os meus sonhos. Sou daquelas pessoas que sempre achou que ninguém consegue ser feliz totalmente senão tiver os dois campos realizados: a vida pessoal e a profissional.

Como o meu pai sempre me disse, se não começarmos a trabalhar desde cedo para realizar as metas do futuro, dificilmente estas serão alcançadas.

Gosto de política e estou na JSD em Lousada. Represento o meu núcleo de jovens. Quero estar ligada à política, quero ser advogada, uma advogada de sucesso. Na minha vida não me consigo contentar com o mínimo possível. Nada se consegue sem trabalho e por isso mesmo estipulo metas na minha vida e sei que vou ter que lutar por elas.

O que a emociona?

Família, amigos. O público nos concertos, subir ao palco e ver as pessoas é das sensações mais bonitas da minha vida.

Sou muito ligada à minha família e amigos, mas sou o tipo de pessoa que se tiver uma oportunidade de fazer algo por mim abdico de encontros/cafés para me realizar. As viagens que faço pela ONG são tempo que não estou com os meus mas em que me enriqueço. Também me inscrevi de Erasmus no próximo ano.

Como se caracteriza enquanto jovem?

Sou uma jovem diferente. Raramente encontro alguém que seja como eu, que viva tanto a pensar no futuro. Sou o tipo de pessoa que não é feliz só com o presente, para estar feliz tenho de definir o que quero daqui a uns anos. Tinha 12 anos e sabia que queria ser advogada, tinha 5 e sabia que queria cantar.

Desde criança sempre quis ser advogada porque toda a gente me dizia que tinha o perfil, defendo as minhas convicções até ao fim. Se acredito numa coisa não mudo de opinião porque outra pessoa acredita noutra. Tenho uma personalidade muito forte. Foi a partir daqui que comecei a lutar pelo que queria. Sempre disse ao meu pai que ia estudar Direito em Coimbra.

Como teve conhecimento do programa SAGAZ? Participou na II edição, tinha ouvido algum feedback da primeira?

Na minha opinião, a I edição do SAGAZ foi pouco divulgada. Na escola havia pouca informação acerca do evento. Descobri porque pertencia à associação de estudantes e o Senhor Presidente da Escola informou-nos e inscrevemo-nos, mas já muito em cima da hora.

O que a levou a participar no SAGAZ?

Eu gosto de aprender, sempre gostei. Quando sei que há alguém que tem mais conhecimento e que me pode ensinar algo eu aproveito.

Participar no SAGAZ deu-me a oportunidade de conhecer alguém que já passou por onde eu quero passar e que me pode ajudar nesse percurso.

Passados estes anos que importância atribui ao SAGAZ e aquilo que este fez pelo seu percurso?

Deveriam existir mais iniciativas destas para os jovens. No meu caso, tenho uma ideia fixa daquilo que quero, mas os jovens atualmente têm muitas incertezas quanto ao futuro, ou seja, não sabem o que querem, para onde se direcionar. Ter alguém mais velho que já passou por todo o percurso que nós estamos a passar é muito bom.

Os jovens que conheço acham que penso demasiado no futuro, enquanto eles vivem o dia-a-dia, mas eu não sou assim. Sou muito mais feliz a fazer coisas úteis. Claro que também gosto de estar com os meus amigos, ir beber café.

Sente que ganhou algo em participar no SAGAZ? Se sim, o quê?

Claro que ganhei. As Palestras a que fui são exemplo disso, adoro o Artur pela maneira como interage com o público, dá-nos segurança. Quando vou a uma palestra aprendo algo, na última aprendi a diferença entre um chefe e um líder, como nos devemos comportar em público, como se faz um currículo, qual a atitude a ter em entrevista de emprego. Tudo isto é importante, pois daqui a 3 anos vou estar nestas situações e são aspetos que exigem preparação da nossa parte.

Na apresentação aos mestres no dia do evento fui natural, fui a pessoa que sou diariamente e por isso só tinha como correr bem. A Dra Cláudia (mestre) é como eu, tive muita sorte.

Que balanço faz da sua participação até à data?

Tem sido excelente. Eu não conheço os outros mestres mas falando da minha, a Dra. Cláudia é um exemplo de pessoa. É atleta, faz competições, treina. É uma advogada completa, tem uma equipa a trabalhar com ela. É incrível ver o seu percurso.

Ela ajuda-nos, explica o caminho que percorreu, estudou em Coimbra como eu e a outra Aprendiz. Tem sido incrível na atenção que nos dá. Na última vez que fomos ao escritório ofereceu-nos uma lembrança, são coisas que marcam e nos deixam contentes, ver que temos ali alguém que apareceu na nossa vida de repente e que faz tudo para que estejamos bem e para ajudar no que consegue.

Passados quase três anos, como está a sua relação com a Mestre? Como tem sido o acompanhamento nas diferentes fases da sua vida – final de secundário, entrada na universidade, aproximar do fim da licenciatura?

O acompanhamento foi sempre muito bom. A Dra. Cláudia é uma pessoa espetacular. Sempre que tenho uma dúvida, por exemplo a nível jurídico e não consigo resolver se lhe ligar ela diz-me logo que vai pesquisar e passada meia hora tenho a minha resposta.

Ainda há uma semana falamos e combinamos que no fim da época de exames vamos estar juntas, logo que a Diana (aprendiz 2015) termine vamos as duas fazer uma visita. A Dra. tem sido sempre atenciosa connosco, acima de tudo está disponível para nos ouvir.

Eu não vejo a Dra. Cláudia como uma mestre com quem temos uma relação formal. Para mim ela é uma amiga que está do nosso lado, que ajuda, que aconselha, que nos fala do percurso que já percorreu. Dá-nos ânimo para nunca desistir. É uma caminhada longa que nos prepara para o resto da vida.

A minha mestre é exatamente aquilo que eu um dia espero ser. Tem família e vive muito para ela, tem a vertente desportiva, é atleta, é uma boa líder. Isto também me dá orgulho por ter sido escolhida por uma profissional assim.

Nos próximos tempos de que forma é que o SAGAZ a pode ajudar?

O SAGAZ e todas as suas iniciativas dão-nos força e ajudam-nos a atingir os nossos objetivos.

As palestras que o SAGAZ nos proporcionam ajudam-nos a crescer enquanto pessoas. Como o Artur nos disse na última palestra, ninguém consegue ser bom profissional se for má pessoa, temos primeiro que evoluir enquanto pessoas e depois sim enquanto profissionais.

Na sua opinião o SAGAZ deve continuar?

Claro que sim e é pena não existirem mais iniciativas como esta. Idealmente o SAGAZ chegaria a Portugal inteiro.

Eu já tenho os meus objetivos definidos e o SAGAZ ajuda-me a trabalhar para os alcançar. Mas para as próximas gerações é importante ajudar a traçar metas. É aqui o SAGAZ ajuda, dá acompanhamento quer com o Mestre quer com as Palestras.

A maior importância do SAGAZ é o facto de nos abrir portas, de nos ensinar a comportar. Quando concorremos a uma entrevista de emprego temos centenas de pessoas a fazer o mesmo, porquê que vamos com a ideia de que não vamos conseguir? Podemos ser nós os escolhidos. Não temos que achar que somos inferiores aos outros.

Temos que dar o melhor de nós e se não conseguirmos, pelo menos sabemos que demos o melhor. O sentimento de derrota não é o caminho para atingir os objetivos.

O meu maior exemplo de luta e superação é o meu pai. Sempre me disse que nada se consegue sem trabalho, chegou a ter dois empregos e hoje em dia é raro o dia em que não me diga que tenho que trabalhar pelos meus objetivos ou então serei igual a tantos outros.

Ele sempre acreditou em mim, está sempre do meu lado. Ver que ele conseguiu, que trabalhou dá-me ânimo para chegar onde quero.

Por exemplo nas viagens da ONG, para a Suécia fui sozinha, era a única portuguesa, estive 5 dias com pessoas da Europa inteira. Conheci outras realidades, aprendi e cresci. Também me traz currículo, posso lá colocar que já viajei e organizei atividades.

Como viu o facto de a Escola Secundária de Lousada ter apostado no SAGAZ e, ainda hoje, passados estes anos, continuar a fazê-lo?

É uma excelente iniciativa. A escola de Lousada preocupa-se com os jovens. Aquela escola é o início de tudo, adorei os professores, o acompanhamento, a forma como somos tratados. Foram anos muito bons.

Acho ótimo que tenham deixado o SAGAZ ganhar raízes.

Conhece participantes de outros anos? Falam sobre o projeto?

Falo muito com a Diana porque temos a mestre em comum. Temos a mesma opinião acerca do SAGAZ, abre-nos portas e traz coisas boas. Somos duas jovens que querem ter um bom futuro, cheias de convicções.

Voltaria a participar no SAGAZ?

Claro que sim. A Dra. Cláudia foi essencial. Agora já estou integrada, mas quando vamos para o primeiro ano há um choque muito grande. Chegamos a um local onde somos 350 alunos, há um professor no fundo da sala e nós no auditório não conseguimos esclarecer duvidas. E um choque num exame passarem 30 pessoas num leque de 350. Mudamos de cidade, vamos viver com desconhecidos. A Dra. Cláudia nesse ano ajudou-me muito. Mostrou-me que as coisas melhoravam. Agora olho para trás e vejo como ela tinha tanta razão.

Quer deixar uma mensagem final a quem nos der a honra de ler esta entrevista, nomeadamente aos aprendizes mais recentes a usufruir do acompanhamento de um Mestre?

O maior conselho para os aprendizes é nunca deixarem que os laços que criaram com os mestres acabem, pois muitas vezes terminam porque o aprendiz não procura o profissional. Temos que mostrar interesse em tê-lo na nossa vida. O mestre não tem de andar atras de nós. Tem de partir de nós jovens.

Eu aviso sempre a Dra. Cláudia das coisas que me estão a acontecer. Antes da época de exames aviso-a que vou estar ausente, mas quando acabam ligo-lhe para marcarmos encontro.

O problema das pessoas é desistirem de enviar uma mensagem. Isto é tao útil para nós enquanto pessoas e futuros profissionais.

Entrevista realizada por Andreia Contenças

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